O Otávio caiu.

Gente!! O Otávio caiu!!
Podia esperar tudo menos a queda do Otávio.
Como pôde o Otávio cair?
Otávio, uísque, gelo, Otávio e máscara. Tudo caiu.
O Otávio caiu, é fato.
E eu que pensava que o Otávio nunca ia cair.
Pois bem, ele caiu.
Acho que a cadeira não era para o Otávio.
Cadeira de bar, suja e barata.
É, a cadeira não era para o Otávio.
Até achei que a cadeira caiu, não o Otávio.
Acho que a cadeira ia cair de qualquer forma mas junto, caiu o Otávio!!!
Talvez a cadeira não suportou tanto Otávio junto e caiu.
Cara!? O Otávio caiu e caiu com ele o uísque.
Queria que o uísque não tivesse caído.
O gelo põe-se outro, mas o uísque...
O Otávio também põe-se outro, mas o Otávio...
Não é que o Otávio caiu mesmo??
A vida surpreende. O Otávio caiu.

E.F.M.

Pensei rápido

Ainda bem que o bem ainda existe
Pois sem o que nele contém, não seriámos nada
Há de vir o dia em que ao entardecer, esqueceremos de acender

Luzes que nos queimam aos poucos
Para sermos capazes de ver ao redor o todo lindo
Há de saber que estamos cegos e surdos, mas sabemos andar

Tombos que levamos para os lados
Dias estranhos que deixamos pelos calendários
Rotinas coloridas e ensopadas de nada a ver, só TV

Raniere, +-*.

Paz, viver e tentar lutar por esta...


Então estou por aqui na expectativa da projeção de um futuro próspero e carregado de novas conquistas, onde talvez atravesse matas, que não mais são matas, galerias que o homem assim fez por trocas e passagens de seus mais desnudos atos , rios que secaram ,secam e secarão em compensação do esgoto de seu próprio dejeto, ou que por medo fugiram e migraram diante da devastação de suas margens e intoxicação do seu próprio leito, que assim se desfez por assoreamento; enfim caminharei por um mundo cheio de problemas, mas que por sorte e livre arbítrio, de alguns seres pensantes ou errantes, que tentarão e assim irão lutar pela conquista de causar impactos, porém, em meios educacionais para que a destruição não chegue para nossas futuras cópias, ou fotocópias, ou melhor dizendo, resquícios de nossa passagem evolutiva. Onde esta, no atual momento, é freada por uma minoria que acredita viver o paraíso, e em troca lançam a alienação para o resto dos seres humanos, uma doença sincrônica, avassaladora e opressiva, que irá nos subjugar e delinear o nosso próprio caminho, a tal ponto que não saberemos mais por onde pisar, onde andar, e nem se quer tentaremos mais o livre ato de voar, com o que mais carece, em nós, de assim o utilizar, nosso próprio pensar.
Livres somente diante da total compreensão de todos seja: étnica, cultural, social, ou capital, tentemos a paz !!!!!

Gustavo de Souza ali mere.

Corte, cana e uma migalha


Trabalho tempo temporada
Que trabalho que nada
A coisa é mesmo desapropriada
Corte desgaste sol e embrenhada





Sucuri, cascavel, coral e perigo no mato
Logo passo a faca na cana
E estilhaço pedaços delas por um ato
Dinheiro é pão e o que condena






Logo acordo por temer e sede
De não o ver e ter em mesa
Sol, chuva, céu, raios nem neve
Há de tirar do meu rosto suor que é leve

O dia que não voltarei
Desanimado com as preces
De que tanto pedi ajoelhado e rezei
Para acontecer e assim realizasses



Força, peito, luta, uma passagem
Grito, respeito, preconceito, uma viagem
Arroz, feijão, carne... enfim ninguém
Há de tirar o que em um prato convém


Gustavo de Souza ali mere.

A estrada

Quando menos esperar, uma luz surgirá em teu caminho, onde o que parece estar escuro agora está iluminado, sombreado e claro.

Um chão de folhas lhe abre a visão e a estima, para todos os sentidos, exibindo ali a existência de vidas , em formas diversas. Esta luz desvenda o cenário e os seres presentes, para que também possa aspirar e sentir o doce aroma, de um cheiro, que lhe recita ao pé do ouvido que em local palpável ali, se sente esperança. Vendo este sinal de nascimento ou falecimento, do que é normal a todos, o despertar, sob teus pés do esclarecer de que necessitava... para sim.... poder percorrer o trilheiro, ou a esta estrada??? ou que seja por este rumo da vida...
Após refletir e ter palpado tamanho saber, sentirá a bruma do orvalho e o respirar de um mar, que lhe soprará em brisas as novas aventuras a serem desbravadas, onde luzes e mais luzes surgirão para o iluminar, e desta maneira por fim a todos os contos que antes lhe pareciam ser medonhos, assustadores e inoculados, para não mais temer o enfrente, ou a descoberta; sendo assim admitido o fim das cortinas do pavor de um começar.
Cessado este trauma, de asas ao abrir do que lhe pareça ser oculto, para que em total procura de novos prazeres possa desvendar a luz, do que lhe carece o medo. E ao sempre despertar e dar cordas, para o inimaginário total da busca, de um universo de novos sentimentos, e ao certo desvendar o que lhe carece o medo. Aonde dentro de um começo, possa-se tirar todas as cortinas do pavor, e sim abrir a mente para o oculto, de um começo real ,de uma galáxia de novas conquistas, prazeres, vontades e enfim verdades.
Gustavo Ali Mere (Guga)

Dúvidas

É difícil as coisas darem certo, e quando dá, tudo passa tão rápido que nem dá pra sentir o gosto. A vida é cheia de surpresas, e estou cansado delas, mas como posso questionar se vivi tão pouco. Eu só queria que durasse mais... um pouco mais, já que vivi tanto tempo ou por enquanto todo o tempo da minha vida num só lugar.
E isso é diferente ?
Há pessoas que nascem e morrem no mesmo lugar, eu sei que não serei parte desse processo, mas gostaria que as coisas boas em que vivi nesse lugar durasse mais um pouco, ou outras coisas que me completam, que aprendi a fazer aqui e quero levar a diante.
Sei que nada é para sempre, mas nem dá pra sentir direito o prazer ?
Por que será que quando acaba, da melhor maneira que seja, a dor é muito estranha, é um misto de tristeza, saudade e alegria. Tudo, pois foi tudo que senti, do começo ao fim. Espero que algum dia tudo volte, com as mesmas pessoas, que são maravilhosas, que volte e tome conta de todos novamente.
Tenho certeza que sou feliz, mas sinto muita falta e perco um pedaço da minha felicidade.

Raniere , Frutal, 25 de fevereiro de 2003.

Mundo Cruel

As vezes acordo e penso onde o mundo vai parar
Tento esquecer, mas o dia me traz tudo de volta
Eu não consigo mais me abstrair

Escuto rádio, notícias e músicas para informar
Tento sintonias diferentes, mas só dá merda
Eu não consigo mais me abstrair

Bombas no Iraque, explodem todo dia
E os pops do EUA, lançam um disco por mês
Tudo isso, só me entedia

Ligo para mãe e pergunto o que fazer
Ela diz meu filho só Jesus, pode arremeter
Mas eu não sei rezar

Quero fazer greve, mas nem tenho emprego
Minha renda é baixa, e não tenho carreira
Eu não consigo gravar CD

Quero ler um livro, que não diz sobre os homens
Saber de onde vem, a Via Láctea
Eu não sou deste Mundo

Adeus pessoas, pontinhos, que aqui habitam
Fiquem de olho no Sol, pois ele esquenta
Tchau Planeta Terra