Por Renato P. Manfrim
Era carnaval. Sonhos que vinham e outros que iriam e todos em um mesmo caminho; a do esquecimento de tudo que era sério e responsável e dentro de uma magia desconhecida. Eram onze cabeças entrelaçadas a um novo mundo, outra paisagem, situada no encantador município do Farol de Santa Marta, estado de Santa Catarina. O acesso foi feito por uma balsa do canal da Barra, em Laguna. O lugar litorâneo, tipicamente turístico, se respirava o ar que apresentava o verbo: “desencanar”.
Os dias que dois Renatos, três Gustavos; isso mesmo, dos onze foliões mineiros, cinco ficavam nesses dois nomes! Este foi apenas um fato engraçado que esteve presente entre os muitos que a galera presenciou na emocionante viagem. Além deles, se divertiram Júlio, Fernando, Ronei, Laura, Ana Márcia e Natália.
Os quatro dias do passeio passaram num ritmo lento e intenso. Qualquer momento deveria ser aproveitado, senão o arrependimento poderia bater depois; o que é traço marcante na juventude. Entorpecidos de prazer...
Laços de amizades entre alguns que já se conheciam há muito tempo se reforçaram e entre outros que eram amigos a médio ou curto período se estreitaram. Risos, estórias dos mais diversos nypes, poucas discussões.
As belezas naturais do Farol de Santa Marta que fica em um terreno acidentado, rodeado de um mar lindamente azul claro e escuro, e com montes distantes do mais puro verde, reforçavam a euforia das onze almas que por vários momentos ficavam distantes da realidade do sistema.
Era mais ou menos assim a rotina da galera: acordavam depois de breve sono e apesar de estarem com os corpos pouco cansados de tanto andar atrás de conhecer o pico, as mentes sempre estavam ligadas. Estavam entorpecidos do prazer do desconhecido. Vinha o anoitecer e a disposição continuava nos gestos dos onze aventureiros que queriam esquecer que um dia teriam de voltar para suas rotinas.
As músicas dos violões abrilhantavam ainda mais as ilusões e sonhos da galera... Cada um com seu pensar e todos querendo paz e harmonia... Gestos que estiveram extremamente presentes no dia em que subiram no monte que se situava o Farol de Santa Marta. Era uma visão magnífica, onde o horizonte do mar parecia infinito.
Breve histórico do lugar